2012 termina com um sabor contundente de vitória para o HipHop.
Vitória porque cada vez mais nos damos conta que não precisamos dos
meios tradicionais para divulgação do Hip Hop. A internet veio “mijar”
na fuba dos donos de programas de rádio que fazem de rappers uma fonte
de receita alternativa. Props enormes para o pessoal da Yebba, Abdiel, e
outros que fizeram os seus nomes soar não só em Luanda mas Angola toda
com a força dos Facebooks, Youtubes,blogs cenas que curto, silasta the breezy, new scool, etc. Encheram espaços por Angola
durante o ano todo, sem fazer parte do Team de Sonho, do Elenco da
Casablanca e sem tocarem na rádio. Isso só demonstra que fazendo o que
se gosta pode não nos levar ao topo da montanha mas garante-nos um
espaço confortável com sombra no meio dela.
2012 termina também
com um sabor mais suave de derrota, aonde as mixtapes de longe superaram
os álbuns. Esta situação é recorrente e teve o seu início em 2006 com a
explosão Kalibrados aonde maior parte do que saía depois do “Negócio
Fechado” era uma imitação (da China ou Nigéria) e não conseguia granjear
os mesmo resultados. Isso nota-se até hoje aonde álbuns são meras
colectâneas de imitações do que está a bater no mercado. Por não sentir a
pressão de “bater”, as mixtapes são de longe mais originais e
consequentemente mais notáveis.
2012 termina com um sabor de
derrota ainda quanto ouvimos os erros mais básicos e imperdoáveis de
português que acontecem tanto na música de um novato como de um som que
está a “bater”. O insistente uso do “tu” e “você” na mesma frase para a
mesma pessoa e outros mais, são o dia-a-dia das pedras. Como querem ser
levados a sério? Mas d’um coro é só pagar que até nos programas mais
badalados passa.
A tecnologia é a nossa grande amiga e por causa
dela, teremos um 2013 cheio de álbuns e mixtapes. Só espero que no meio
desta palha imensa saiam novos CFKs e Xs da Questão e Abdiels.
O
que se pede em 2013 é mais originalidade, nada de MCs que falam em
estar de volta na sua primeiríssima música, ou ser dono do block quando
ninguém os conhece.
Finalmente 2012 fecha com a consolidação do
Hip Hop aonde espectáculos em grandes palcos com casas cheias, mais uma
vez e com nomes que nada têm haver com os “grandes do momento”,
aconteceram. O hip hop está mais vivo que nunca e melhor agora pois é
independente. Com alguns problemas é verdade mas aqui, barulhento, com
atitude, a falar à-toa, consciente, com falta de educação, a crescer e a
aprender. Aqui.
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